Vidabrasil circula em Salvador, Espírito Santo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo Edição Nº: 300
Data:
15/2/2002
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» Índice
» Memória
O trigésimo Primeiro
» Triangulo
A Uniletra e o social
» Boca Miuda
O imbatível
» Rio Classe A
O Rei é o show,mais uma vez
Uma história de muito sucesso

A mais antiga revista em circulação ininterrupta produzida no Espírito Santo está em festa. São 300 edições em 17 anos de existência. Para se ter uma idéia do que significa isso, a “Veja”, publicação de maior cir-  
culação do país, tem pouco mais de 25 anos. Mas VidaBrasil não quer ser nem “Veja”, nem “Istoé” e muito menos “Época”. Quer que seu leitor veja que isto é motivo para comemorar, pois ela está marcando sua época.  
“Somos uma revista que pode ser lida em qualquer lugar do mundo aonde ela chega, e em qualquer tempo. Nossa proposta editorial é essa. Não queremos fazer concorrência, mas hoje também não temos concorrentes em nosso segmento, pois criamos um caminho próprio”, comenta seu fundador e editor Celso Mathias, cuja trajetória no Espírito Santo se confunde com a história da própria revista.  
Em sua origem, Celso já carrega uma história. Nasceu no dia 27 de outubro de 1949 em Euclides da Cunha, a antiga vila do Cumbe, que pertencia a Canudos.  
O lugarzinho cresceu e tornou-se sede de município, ganhando o novo nome para homenagear o repórter do jornal “O Estado de São Paulo” que cobriu a épica guerra envolvendo as forças militares republicanas e os seguidores de Antônio Conselheiro e entrou para a história da literatura brasileira com seu Os Sertões.  
Na casa que veio a ser de Viriato Maia, o escritor Euclides da Cunha hospedou-se para contar no Estadão o que viu, e muito mais depois no livro em que registrou a célebre frase “o sertanejo é, acima de tudo, um forte”.  
 
Um novo edifício, foto à esquerda — recebeu o nome de Mariá, em homenagem à mãe do editor Celso Mathias — foi concluído com infra-estrutura para sediar jornal, rádio e televisão, na Ilha de Santa Maria, em Vitória. No total são 1500 m² em três pavimentos. Novos espaços são abertos em nível nacional para a revista, cujos exemplares chegam a 28 mil endereços nobres, das classes B+ e A. Nos últimos seis anos, a edição da segunda quinzena de fevereiro traz a exclusiva pesquisa realizada por uma empresa paulista dos melhores do ano anterior.  
 
Contar a história das 300 edições de VidaBrasil sem contar a de Celso Mathias é omitir do leitor as razões que levaram à existência da revista, que fica sem pé e sem cabeça. Se nada na história humana é sem razão, muito menos o seria a de uma publicação que resiste a tantas variações climáticas e políticas, e ao balaio de caranguejos em que costuma se transformar a sociedade capixaba.  
É preciso saber, por exemplo, que quando viaja para o exterior ou demonstra seus conhecimentos de cidades-berços da moderna cultura humana, como Nova York e Paris, ou que guardam os traços da trajetória ocidental, como Lisboa e Roma, Celso não está fazendo esforço de vã promoção pessoal. Fala do que já viveu antes mesmo de chegar pelas paragens capixabas.  
História viva – Sua mãe, Mariá, era filha de uma dessas lideranças locais que existem no interior do Nordeste e dedicou-se ao cuidado com os filhos e viu a trajetória vitoriosa do irmão José Mathias, que foi desembargador no Espírito Santo.  
O pai de Celso, Jaime Amorim da Silva, que morreu no ano passado aos 77 anos, foi, porém, um dos maiores líderes políticos de sua terra. Cumpriu oito mandatos de vereador, presidiu a Câmara Municipal e nunca foi prefeito de Euclides da Cunha simplesmente porque o cargo não lhe causava qualquer atração.  
Celso Mathias Amorim poderia viver eternamente em sua cidade, gozando o prestígio da família, mas resolveu descobrir o que havia para além da porta de entrada de sua caverna sertaneja. Estudou em Salvador e ainda morou em São Paulo, Nova York e Paris, antes de aportar no Espírito Santo na metade da década de 70.  
Veio para auditar a filial da Editora do Brasil, mas acabou ficando como seu gerente. Foi um tempo em que ajudava a escrever e a compor os livros didáticos da empresa. A função começou a lhe dar notoriedade. Empresários e políticos costumavam ir sempre tomar café em sua sala. E Celso teve a idéia de fazer o primeiro bistrô de Vitória, criando o Café 366.  
Como estava bem em frente ao endereço de Gerson Camata, era comum o então governador ser encontrado lá toda noite, tomando café, contando histórias e filando cigarros dos outros, como sempre gostou de fazer, até como diversão e por estilo. Não demorou para que políticos e outros interessados no convívio com o poder descobrissem o endereço e passassem a freqüentá-lo regularmente.  
 
Na relação de celebridades que foram capa de VB, o ex-presidente do Superior Tribunal Federal, Carlos Mario Velloso, e o atual, Marco Aurélio Mello, que permitiram distribuir as edições com suas entrevistas na fila de cumprimentos. Quando presidia a Câmara e era apontado como futuro presidente da República, o deputado Luiz Eduardo Magalhães veio a Vitória exclusivamente para ser entrevistado por VidaBrasil. Nas duas próximas páginas, algumas das edições históricas  
 
Contar a história das 300 edições de VidaBrasil sem contar a de Celso Mathias é omitir do leitor as razões que levaram à existência da revista, que fica sem pé e sem cabeça. Se nada na história humana é sem razão, muito menos o seria a de uma publicação que resiste a tantas variações climáticas e políticas, e ao balaio de caranguejos em que costuma se transformar a sociedade capixaba.  
É preciso saber, por exemplo, que quando viaja para o exterior ou demonstra seus conhecimentos de cidades-berços da moderna cultura humana, como Nova York e Paris, ou que guardam os traços da trajetória ocidental, como Lisboa e Roma, Celso não está fazendo esforço de vã promoção pessoal. Fala do que já viveu antes mesmo de chegar pelas paragens capixabas.  
História viva – Sua mãe, Mariá, era filha de uma dessas lideranças locais que existem no interior do Nordeste e dedicou-se ao cuidado com os filhos e viu a trajetória vitoriosa do irmão José Mathias, que foi desembargador no Espírito Santo.  
O pai de Celso, Jaime Amorim da Silva, que morreu no ano passado aos 77 anos, foi, porém, um dos maiores líderes políticos de sua terra. Cumpriu oito mandatos de vereador, presidiu a Câmara Municipal e nunca foi prefeito de Euclides da Cunha simplesmente porque o cargo não lhe causava qualquer atração.  
Celso Mathias Amorim poderia viver eternamente em sua cidade, gozando o prestígio da família, mas resolveu descobrir o que havia para além da porta de entrada de sua caverna sertaneja. Estudou em Salvador e ainda morou em São Paulo, Nova York e Paris, antes de aportar no Espírito Santo na metade da década de 70.  
Veio para auditar a filial da Editora do Brasil, mas acabou ficando como seu gerente. Foi um tempo em que ajudava a escrever e a compor os livros didáticos da empresa. A função começou a lhe dar notoriedade. Empresários e políticos costumavam ir sempre tomar café em sua sala. E Celso teve a idéia de fazer o primeiro bistrô de Vitória, criando o Café 366.  
Como estava bem em frente ao endereço de Gerson Camata, era comum o então governador ser encontrado lá toda noite, tomando café, contando histórias e filando cigarros dos outros, como sempre gostou de fazer, até como diversão e por estilo. Não demorou para que políticos e outros interessados no convívio com o poder descobrissem o endereço e passassem a freqüentá-lo regularmente.  
 
Nas duas primeiras fotos, feras do jornalismo capixaba entrevistam o saudoso ex-governador do Espírito Santo, José Moraes, e o ex-prefeito de Vitória, Ferdinand Berredo de Menezes. Na primeira equipe , os jornalistas Graciano Dantas, Marcelo Martins, Rogério Medeiros, Clóvis Geraldo e Milson Henriques. Na segunda, acrescente-se o nome de Namy Chequer, hoje, além de jornalista e radialista, membro destacado do PC do B. Na última foto, o editor de VB com o primeiro grande entrevistado, José Moraes  
 
Contando casos - O Café 366 acabava fechando sempre tarde e sendo o ponto de partida de quem pretendia esticar a noite da capital, até então sem grandes atrativos. Foi daí que surgiu, em 1985, por sugestão do jornalista João Batista Zucarato, a embrionária publicação que teria por finalidade ser um house organ do bistrô, dedicando-se a contar histórias da noite vitoriense, e ainda apontar as opções para quem queria ainda mais.  
Foram de três a quatro meses de duração do VidaNoite. Mas, então, Celso Mathias já estava picado pela mosca azul e percebeu a oportunidade de se ampliar a publicação, que se transformou no jornal e, junto, trocou de nome para VidaVitória, evoluindo para uma revista grampeada e, posteriormente, colada. Há pouco mais de dois anos é VidaBrasil.  
A VidaVitória se antecipou 10 anos na história e foi o primeiro veículo de comunicação do Estado a ter fotolito digital para a produção de impressos em policromia. Aos poucos, Celso foi aumentando sua paixão pelo trabalho da revista. Logo no início, já reunia em seus quadros os melhores profissionais de imprensa do Estado. Nos dois primeiros anos, foi mensal. Depois, ficou quinzenal e nunca falhou sua circulação.  
A linha editorial foi, também, sofrendo mudanças. A proposta inicial era mesmo de ser uma revista de variedades, voltada para divulgar o Espírito Santo, como a rigor todas as publicações regionais fazem. Mas vieram os tempos de perseguição gratuita e Celso Mathias achou que o Espírito Santo já estava ficando pequeno para isso.  
Exemplos? Em agosto de 1999, a revista dedicou à divulgação da capital capixaba 49 páginas coloridas de uma edição especial e, como resposta, recebeu o boicote da mídia oficial do município.

  


jornalistas Graciano Dantas, Marcelo Martins, Rogério Medeiros, Clóvis Geraldo e Milson Henriques

Namy Chequer, hoje, além de jornalista e radialista, membro destacado do PC do B

o editor de VB com o primeiro grande entrevistado, José Moraes

O editor no Café 366 com o músico baiano Tom Zé...

... com a cantora e atriz Zezé Mota...

... entre a jornalista Maria Nilce, assassinada em julho de 89, e a então primeira-dama do ES, Maria Gleide Mauro...

... com a comediante Dercy Gonçalves





































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