Vidabrasil circula em Salvador, Espírito Santo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo Edição Nº: 307
Data:
30/5/2002
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» Índice
» Editorial
eleitor passivo?
» Internacional
Esforço alemão ajuda a reconstruir o Afeganistão, país destruído física, social e psicologicamente
» Turisnotas
Aldo Campos, gerente geral do Bahia Othon, dá uma lição de elegância e profissionalismo
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A cidade mais europEia dos EUA
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Dez anos de Sindiex
» Boca Miuda
Exercício de futurologia
» Triangulo
A Cesan destaca-se como uma das mais bem administradas empresas do governo
Boca Miuda

Exercício de futurologia  
A eleição mais estimulante no Estado deverá ser a de senador. Há quatro ases na disputa: Gerson Camata (PMDB), João Coser (PT), Magno Malta (PL) e, dizem, vem aí Ricardo Ferraço (PPS). Além de dois azarões correndo por fora: Ricardo Santos (PSDB) e Elcio Alvares (PFL), que já apareceu bem nas pesquisas.  
Vamos fazer contas: o Espírito Santo tem 2 milhões de eleitores, dos quais 1,6 milhão deverão ir às urnas. Destes, devem aparecer 1,4 milhão de votos válidos para senador.  
Outra conta: o IBGE disse que o Espírito Santo em 27,5% de evangélicos. O grupo que mais cresce é o neopentecostal – Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo, na frente. E com ela o pastor batista Magno Malta, atual deputado federal, navega de braçadas.  
Dentro dos números do IBGE, os evangélicos devem ser por aí em torno de 550 mil eleitores, cujo comparecimento às urnas costuma ser bem maior do que dos demais mortais. Calculem-se 500 mil deles indo às urnas. Se Magno Malta tiver o voto de 60% dos evangélicos, faz de cara 300 mil votos, fora aqueles das famílias do pessoal que ao longo dos últimos 15 anos passou por seu centro de recuperação de drogados, em Cachoeiro.  
Vai ser briga de cachorro grande essa eleição para o Senado no ES.  
Nas eleições de 1994, em que foram eleitos dois senadores, Gerson Camata teve 521 mil votos e José Ignácio Ferreira 459 mil. Em 1998, quando havia apenas uma vaga em jogo, Paulo Hartung foi eleito com 780 mil votos.  
 
Marvalda faz estragos  
Vem dos porões políticos do grupo dos Mauro a informação com toda segurança: Max Mauro (PTB) perdeu o eixo com os problemas envolvendo a Marvalda e a administração do filho dele em Vila Velha.  
Poderá bater em retirada da sucessão estadual e concorrer à reeleição para deputado federal. Por isso, e porque teria chegado à conclusão de que não terá dinheiro para enfrentar as outras duas feras do processo: Paulo Hartung (PSB), de um lado, e José Ignácio (PTN), do outro.  
Em outras pa-  
lavras, a Marval-  
da teve para Max Mauro o mesmo efeito que a mala de dinheiro para Roseana Sarney.  
 
Guardas burocratas  
Os tucaninhos – apelido “carinhoso” dado pela população aos agentes municipais de trânsito de Vitória – só trabalham mesmo no horário de expediente do serviço público: das 8 às 18 horas.  
Quando o bicho pega mesmo no trânsito da capital, que está a cada dia pior, eles somem todos e os motoristas fazem o que querem, infernizando a vida de quem precisa se deslocar pelas ruas da cidade.  
 
Estragos do poder  
O poder, dizem, tem a capacidade de afastar os amigos e aproximar os inimigos.  
Amigos desde os tempos da Politécnica, já não é prudente convidar para a mesma mesa o secretário de Estado da Fazenda, João Luiz Tovar, e o secretário dos Transportes e Obras Públicas, Jorge Hélio Leal, embora institucionalmente eles até apareçam juntos.  
Há quem diga que o próprio Jorge Hélio, leal desde criancinha, faz questão de demonstrar sua insatisfação com uma certa mudança de comportamento do engenheiro Tovar, colega que ele ajudou a colocar na Fazenda. Amigos de ambos no entanto, garantem que a rusga é passageira e preparam toalhas e panos devidamente úmidos e aquecidos para debelar o entrave.  
 
Suplente de peso  
Com seu prestígio pessoal, e a força política conferida pelas presidências da Câmara de Vitória e do diretório municipal do PMDB, o vereador Ademar Rocha poderá surgir como azarão pelo menos como suplente na chapa do senador Gerson Camata, candidato ao terceiro mandato consecutivo.  
 
Estranho no ninho  
Quando saiu do movimento de base da Igreja Católica para entrar na política, o deputado estadual Antonio Cavalheri achou que poderia realizar muito. Tentou, e não conseguiu, ser prefeito, mas depois obteve o reconhecimento da comunidade de Aracruz. Praticamente todos os seus 15,8 mil votos para deputado estadual foram recebidos no município.  
Antonio Cavalheri entrou na política como um puro.  
Elegeu-se pelo PSB e, desencantado com o patrulhamento partidário, desfiliou-se. Acabou entrando no PGT, a conselho de amigos. Passou a votar com o governo achando que obteria, em troca, mais apoio para seu município.  
Hoje está desiludido. Não conseguiu na Assembléia Legislativa dar prosseguimento ao que havia começado em sua cidade. Agora, já decidiu: não será candidato à reeleição. Vai apoiar o primo, Dirceu Cavaglieri, presidente da Câmara de Vereadores de Aracruz.  
 
Silêncio misterioso  
Chegou ao fim o seqüestro do dentista Mário Ruy, sobrinho da primeira-dama, Maria Helena Ferreira, filho de seu irmão Juca Ruy. Houve maturidade da imprensa e competência da polícia capixaba.  
Mas, se isso acontece com o sobrinho do governador, o que podem esperar os mortais comuns?!  
Como ressalva, vale dizer que, antes do atual governo, o Espírito Santo era o paraíso de assaltantes de banco e seqüestradores, crimes reduzidos a muito poucos nos últimos quatro anos, graças à ação de inteligência das polícias do Pro-Pas.  
 
Cartas anônimas  
Quer ver seu desafeto numa lista de suspeitos de pertencer ao crime organizado no Espírito Santo?  
Mande uma carta anônima para o Ministério Público Federal.  
 
Na carne  
Tião Monteiro, ex-assessor parlamentar do deputado federal Nilton Baiano, vai candidatar-se a deputado federal.  
Já está correndo atrás dos votos que diz ter dado, antes, ao seu ex-chefe. É como diria o saudoso Plínio Marcos, navalha na carne!  
 
Visão de contexto  
“Todos os consumidores têm posições muito claras sobre meio ambiente, esporte, cultura. Vincular a empresa a eventos culturais, esportivos é uma forma de se aproximar desse consumidor”.  
Martin Sorrell, 57 anos, dono da WPP, maior empresa de marketing do mundo, em entrevista à “Veja”.  
 
O que é isso, companheiro?  
Quando começaram a estourar os escândalos do governo do Estado, o governador José Ignácio Ferreira acusou a Companhia de Notícias de estar por trás de tudo.  
Agora, a Companhia de Notícias está abrindo um escritório na capital capixaba. Chefiado por Luiz Carlos Azedo, velho militante do PCB e ex-coordenador de comunicação do prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas, de Vitória.  
 
Polícia para a polícia  
Delegados de polícia, que se sentem ameaçados, pediram à Secretaria de Estado de Segurança proteção policial.  
Êpa! A polícia está precisando de polícia. E nóis?!  
 
Vingança do senador  
Carlos Eugênio Simon, jornalista e militante do PT gaúcho, juiz brasileiro que vai à Copa do Mundo, mas que provocou a derrota do Brasiliense para o Corinthians no primeiro jogo das finais da Copa do Brasil com dois erros crassos, foi afastado pela comissão de arbitragem da CBF de suas próximas competições.  
O senador cassado Luiz Estêvão, dono do Brasiliense, está de alma lavada. Pena que o estrago já estava feito e o time acabou perdendo a decisão.  
 
Precoce  
Vem aí mais uma disputa de vaga no Tribunal de Contas.  
O conselheiro Umberto Messias, que saiu de férias logo que estourou a informação de que ele recebeu um checão de Bené, caixa de campanha do governador José Ignácio, deverá se aposentar.  
Ele assumiu que recebeu o cheque para a campanha de seu irmão, eleito prefeito de Bom Jesus do Norte, pequenino município do extremo sul capixaba.  
 
Força do carlismo  
Não adianta. Quanto mais batem, mais forte fica Antonio Carlos Magalhães na Bahia.  
Pesquisa do Ibope, divulgada no último dia 12, aponta que, se as eleições fossem hoje, o ex-presidente do Congresso voltaria consagrado ao Senado: 67% dos votos. Seria a maior votação do país para o cargo.  
Além disso, dois aliados de ACM estão nadando de braçadas.  
O senador Paulo Souto seria eleito com 52% dos votos, enquanto César Borges, que renunciou ao governo para concorrer ao Senado, ficaria com a segunda vaga com 61% dos votos. Ele cresceu 15 pontos percentuais em relação à pesquisa de março.  
 
Proposta inusitada  
Os vereadores de Vitória passaram uma sessão inteira discutindo a proposta de criação, no âmbito municipal, de um serviço de prevenção a doenças bucais.  
Lá pelas tantas o vereador Antônio Smith (PMDB) sugeriu que se criasse uma kombi, com uma dentadura em cima, e saísse pelos bairros da cidade. Mas a idéia foi logo refutada por Osvaldo Mello:  
“Isso não vai dar certo. Depois o Rafael Mussielo, que é ginecologista, também vai querer uma kombi e vocês vão colocar o quê em cima do carro?”  

  
senador Gerson Camata

deputado federal João Coser

Ricardo Ferraço

senador Ricardo Santos

deputado federal Magno Malta

o ex-senador Élcio Álvares.

Max Filho

Estremecidos: João Luiz...

Estremecidos: João Luiz...

Rocha, o cobiçado

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