Vidabrasil circula em Salvador, Espírito Santo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo Edição Nº: 308
Data:
15/6/2002
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» Índice
» Editorial
Um Estado controlado pelo crime?  

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Telefonica Celular do Espírito Santo inaugura loja própria, com 209m2, no Shopping Vitória
Boca Miuda

Desespero nas bases  
 
Encaminhada a aliança de PSDB e PMDB em nível nacional, com a dupla Serra e Rita, dirigentes partidários capixabas constróem uma coligação proporcional que, a menos que os outros tenham uma ampla mobilização, pode emplacar os dez deputados federais.  
O bloco reuniria, além do PSDB e do PMDB, também o PPB e o PFL.  
Quem está em desespero com essa possibilidade é o deputado federal José Carlos Elias (PTB). Mesmo que seu partido coligue-se com o PDT, como se ensaia, dificilmente eles conseguirão somar os previstos 145 mil votos da legenda para conseguir vaga na Câmara dos Deputados.  
Para tentar evitar que o Blocão faça barba, cabelo e bigode, o PT deverá apostar no voto de legenda e pedir aos eleitores para votarem no 13 para deputado. Assim, acredita poder romper a barreira dos 145 mil e colocar na Câmara seu deputado mais votado. Pelo sim, pelo não, Cláudio Vereza já decidiu concorrer à reeleição na Assembléia. Já viveu esse filme antes.  
Dos eventuais participantes do grande bloco, o PPB é quem está mais à vontade. Sozinho, rompe a legenda e, dependendo do desempenho dos outros partidos, pode emplacar dois ou até três deputados federais. O PFL vem logo depois, embora com risco de não fazer legenda, por falta de quadros.  
A pior situação, pelo mesmo motivo, é do PSDB e do PMDB, este devido à saída de sua campeã de votos, Rita Camata.  
 
Único caminho  
 
Por mais otimistas que sejam os petistas e os novos eleitores do candidato, se Luiz Inácio Lula da Silva quiser mesmo ser presidente do Brasil tem que ganhar a eleição deste ano em primeiro turno.  
Se deixar ir para o segundo turno, já era.  
Forças poderosíssimas se unirão para derrotá-lo e sepultá-lo politicamente de vez.  
 
Ademar prefeito  
 
Ademar Rocha, presidente da Câmara de Vitória, não vai poder concorrer nas próximas eleições nem como suplente de Gerson Camata ao Senado. Ele assumiu a Prefeitura de Vitória durante viagem de Luiz Paulo Vellozo Lucas em abril.  
Mas está com o burro na sombra e com a boca aberta mediante a possibilidade de ser prefeito por dois anos (2003-2004).  
Se José Serra ganhar a Presidência da República, Luiz Paulo fatalmente será ministro de Estado. E o vice-prefeito Ademir Cardoso tem grandes chances, diante do quadro que se constrói, de vir a ser deputado federal e não vai querer trocar quatro por dois. A menos que queira.  
 
Boicote do PFL  
 
Deu na revista “Época” que a cúpula nacional do PFL está preparando um boicote ao seu principal líder político no Espírito Santo, o deputado estadual José Carlos Gratz, presidente do diretório de Vitória.  
Estaria preparando uma resolução para negar-lhe legenda a fim de evitar sua reeleição e abrir caminho para uma aliança com Paulo Hartung (PSB), como deseja o interventor estadual José Carlos da Fonseca Júnior.  
 
Que amigo!  
 
É inacreditável, o que o, pasmem, presidente da Associação de Moradores da Praia do Canto, José Carlos Lyrio Rocha, pretende fazer com os associados da entidade que dirige.  
Vereador sempre eleito com os votos da “Praia”, prefere privilegiar os construtores, em detrimento dos interesses do patrimônio, da vista e da ventilação dos moradores. O projeto, praticamente aprovado e constestado por milhares de assinaturas de cidadãos do bairro, modifica de maneira absolutamente inadequada uma das mais belas regiões da cidade. Juízo, vereador. Ainda é tempo de repensar e ficar ao lado de quem lhe fez parlamentar.  
 
Trocando as bolas  
 
Enquanto o mundo se liga na copa binacional Coréia-Japão, que parece nunca ter estado tão fácil para o Brasil, por aqui pelo Espírito Santo a bola ainda rola no Campeonato Capixaba.  
Para delírio de José Farani, da Academia de Tênis de Brasília, onde os políticos costumam costurar muitos acordos e conchavos, o Alegrense está a um passo de ser bicampeão capixaba, um título que enche o clube de esperanças.  
No fechamento desta edição, o time havia empatado com o Rio Branco na Grande Vitória, dependendo apenas de um novo empate em Alegre para atingir seu sonho.  
 
Jogando a toalha  
 
O senador Ricardo Santos (PSDB) percebeu que a missão era quase impossível.  
E desistiu de candidatar-se à reeleição. Vai tentar uma vaga na Câma-  
ra dos Deputados.  
 
Bolsa de apostas  
 
Há muita gente apostando em que as eleições presidenciais ficarão, mais do que polarizadas, restritas a Lula e José Serra.  
Esses observadores acham que, na reta final, Ciro retira sua candidatura e corre para o governo do Ceará, enquanto Anthony Garotinho também bate em retirada e vai para o Senado ou para o governo do Rio de novo.  
Nesse caso, o PPS e o PSB ficam mais livres para coligações estaduais, podendo evitar, no caso do Espírito Santo, o arrastão do Blocão PSDB-PMDB-PPB-PFL.  
 
Multa inconveniente  
 
Há mesmo muita gente interessada em que não saia a dragagem da baía de Vitória.  
A Seama (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) decidiu multar a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) por causa dos testes “não autorizados” da draga Marabá para decidir se assume ou não o serviço.  
Com isso, o Espírito Santo perde cargas, impostos e investimentos. O dinheiro da dragagem está prestes a voltar para os cofres federais.  
 
No vácuo de Ferraço  
 
O professor Duclerck Cardoso, que já chegou perto da prefeitura de Atílio Vivacqua, está disposto a disputar uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PSB. E já obteve promessa de apoio do prefeito Frei Paulão (PSB), de Muqui.  
Duclerck aposta no vácuo provocado no sul do Estado pela saída de Ricardo Ferraço (PPS) para disputar o Senado.  
Antecipando os fatos  
Em abril, a coluna já antecipava as articulações de Rita Camata para ser a vice de José Serra, do PSDB. Pois é, deu no que deu.  
Mas falta combinar com o resto do PMDB. O que não chega a ser grande problema.  
Afinal, o PMDB também tem sua porção PFL.  
É a chamada chapa “A fera e a bela”.  
 
Rita Lee e as drogas  
 
A avó do rock Rita Lee fez o melhor show do Festival de Alegre, que levou mais de 100 mil pessoas à cidade capixaba.  
A certa altura de seu show, em meio à interatividade com o público, resolveu checar as preferências eleitorais da multidão de jovens: muitas vaias para José Serra (apesar de Rita Camata) e manifestações de apoio a Lula.  
Mas um grupo começou a gritar o nome dela para presidente, e Rita Lee saiu-se com essa:  
– Eu???... Queridos, a tia não mexe mais com drogas.  
 
Arma de Ferraço  
 
O vereador Jathir Moreira (PSDB) desistiu de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados por Cachoeiro.  
Abriu espaço para o mais novo herdeiro dos Ferraço, o jovem Marcos, que vai buscar os votos que eram do irmão, Ricardo, agora candidato ao Senado pelo PPS.  
Ricardo já tem o apoio de três grandes prefeitos: seu pai, Theodorico, em Cachoeiro, Luiz Paulo, em Vitória, e Guerino Zanon, de Linhares. Além de pratica-  
mente todos os prefeitos do sul do Estado.  
Vem a todo vapor.  
 
Pronta-resposta  
 
Justiça seja feita, a administração de Vitória tem uma grande virtude: a pronta-resposta às queixas.  
Na última edição, a coluna  
reclamou da ausência dos agentes municipais de trânsito nos horários de rush e nas piores áreas da cidade.  
Pois lá estão os “tucaninhos” botando ordem na casa, principalmente no cruzamento da Leitão da Silva com a César Hilal.  
 
Mudança de rota  
No noroeste do Estado, os muitos interessados em uma vaga na Assembléia Legislati-  
va fizeram o vereador mais votado de Barra de São Francisco mudar de rota.  
Giuliano dos Anjos vai, agora, disputar uma vaga de deputado federal pelo PDT.  
 
 

  
Rita

Serra

Luiz Inácio Lula da Silva

Luiz Paulo Vellozo Lucas

José Carlos da Fonseca Júnior

Juízo, Lyrio

José Farani

O senador Ricardo Santos (PSDB)

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