Vidabrasil circula em Salvador, Espírito Santo, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo Edição Nº: 328
Data:
15/5/2003
Capa | Edições anteriores| Assine já | Fale com a redação
Página visitada: 1884752 vezes
» Índice
» Especial
Conheça o homem que manda no mundo
» Gastronomia
Os maiores prazeres da vida  
desfrutados na beira do mar

» Passarela
Empresa do ano 2002
» Política
Contra a discriminação
» Autos
Mercedes CLK Cabrio
» Foco
Homens rendem-se aos prazeres da ioga
» Turisnotas
Vasp recebe o trade local em almoço comemorativo dos 70 anos de fundação da empresa
» Editorial
Os amigos do PODER
» Boca miuda
Seria o ex-presidente da Assembléia Legislativa, José Carlos Gratz, um preso político?
» Triângulo
osé Caldas entrega cópia de seu livro “Caparaó: cabras e ratos” a Carlos Heitor Cony, que vai prefaciá-lo
Hotel do Mês

No alto do morro onde está instalado há quase 30 anos, o Hotel Othon Bahia domina a paisagem de Ondina, bairro que vem sofrendo grandes modificações ao longo do tempo, com a construção de novos imóveis que mudaram seu perfil. Símbolo de um dos pontos mais bonitos de Salvador, a casa quer manter a posição conquistada no coração dos visitantes e nativos. Para isso, está inaugurando as novas instalações no dia 15 de maio, fruto de dois anos de reformas no centro de convenções e nos apartamentos que absorveram R$ 5,5 milhões. Desta maneira, o tradicional hotel mantém sua característica de atender com conforto e modernidade, tanto o turista da alta estação como os homens de negócios e congressistas que agora podem participar de grande eventos, sem ser preciso sair do mesmo espaço. Os salões grandes haviam passado por mudanças em 1991, quando o atual gerente geral Aldo Campos assumiu a direção. Agora, os dois andares poderão abrigar exposições e congressos. A área foi dobrada através de uma solução engenhosa, utilizando um caminho interno de deslocamento para a área de lazer e o almoxarifado do hotel. O espaço agora abriga até mil pessoas e a reforma visou atender os clientes que vêm para os eventos, principalmente nos três meses de chuva que marcam a região Nordeste. Nesta época, é possível fazer congressos cobrando um preço mais barato, trazendo pessoas que vão trabalhar o dia inteiro, e que não se perturbaram se não houver sol. "Você tem que ter um mix de clientes, do turismo convencional, nacional ou internacional, como também de homens de negócios, congressos e convenções; um pouco de cada", observa Aldo Campos.  
Ponto estratégico – Satisfeito com o resultado obtido, o presidente da rede Othon e economista, Álvaro Brito Bezerra de Melo, argumenta que em Salvador é possível fazer um bom trabalho de janeiro a março, no período de férias. "Mas pode-se obter resultados ainda melhores no restante do ano, com pequenos eventos que possam ser feitos no hotel. Outra vantagem neste aspecto é que hotel se situa num ponto cercado de outras empresas hoteleiras, de níveis variados", complementa. Ele prossegue, explicando que, com o aumento da área de congressos do Othon, é possível trazer um grande evento e quem não ficar hospedado no hotel, terá a opção de se hospedar em outro estabelecimento próximo, com a comodidade de poder se deslocar a pé para o evento. Mas a história do sucesso do hotel começou com a vinda desta estrutura tão importante para o turismo em Salvador na década de 70. Como um dos grandes empreendimentos do grupo Othon, que controla empresas do ramo de hotelaria no Brasil, Argentina, Portugal e França, o hotel nasceu de uma conjunção de fatores econômicos, políticos e sociais. A Embratur havia elaborado uma lei concedendo incentivo fiscal de 18% para quem construísse hotéis no Sul e Sudeste, e de 25% se o empreendimento fosse nas regiões Norte e Nordeste. Houve um surto em todo o país, e são dessa época o Rio Othon, o Sheraton Rio, o Intercontinental etc.  
“Pode vir” – "Decidi então ir até Salvador, onde as facilidades eram maiores, para procurar uma área onde pudesse construir um estabelecimento hoteleiro". As lembranças de Álvaro Brito Bezerra de Melo mostram porque ele foi um dos principais artífices da expansão do conglomerado desde a década de 50. "Quando cheguei fui falar com o prefeito, que era o Antonio Carlos Magalhães. E ele fez uma coisa que eu achei fantástica: eu cheguei lá e disse  olha eu estou procurando um terreno , e ele me respondeu,  vamos sair agora e ver isso . E saiu comigo naquela hora! Fomos procurar e ele me mostrou quatro áreas que considerava interessantes e bonitas para construir um hotel. Gostei daquele lugar, que era um cabo com uma belíssima vista, mas onde haviam cerca de quarenta casas de uma pequena favela (Bico da Chaleira). Argumentei que o local seria ótimo se não houvesse a ocupação, como é que vai ser... E ele disse  deixe isso comigo . Uns 60 dias depois, recebi um telefonema, dizendo  olha, a área já está preparada para receber qualquer empreendimento. O prefeito havia negociado com os moradores da favela para ocuparem um conjunto residencial à altura de melhor acomodá-los. O grupo Othon entrou na concorrência e acabou ficando com uma área privilegiada. É um terreno maravilhoso, acho que é o melhor local para um hotel na Bahia. Uma das grandes coisas que nós temos é que nós somos sempre bem localizados", afirma com orgulho. "O hotel foi aberto quando ACM era governador, em 1974, e desde então temos uma grande amizade. Eu acho que ele fez muito pela Bahia em muitos termos, especialmente em turismo. De fato, ele abriu o Estado para esta atividade. Além de profissionalizar este segmento, ele abriu o leque de opções com destinos como Lençóis, Ilhéus e Porto Seguro. Tudo isso apareceu em suas administrações, e hoje eu posso dizer que Rio de Janeiro e Bahia são os pontos máximos de turismo no Brasil", salienta.  
De pai pra filho– Décimo-primeiro irmão, Álvaro Bezerra de Melo estudou Economia durante seis anos em Havard, nos Estados Unidos, e de certa maneira ficou mais internacional, falando inglês, francês e espanhol. Até 1959, quem tomava conta da rede era um dos cunhados, que se separou da esposa, tendo deixado o cargo. Ele mesmo indicou o empresário para tomar conta dos hotéis, que na época eram em número de seis. Comandando a rede desde 1959, Álvaro Brito Bezerra de Melo prosseguiu os planos de seu pai, Othon Bezerra de Melo, que iniciou seus negócios no ramo têxtil no ano de 1905, em Pernambuco, onde nasceram os seus 11 filhos. O fato de ser oriundo de uma grande família fez com o economista chegasse à conclusão que a empresa tinha que ser profissionalizada. "A nossa terceira geração tem 59 pessoas. Meu filho trabalha nos EUA, no Hyatt, mas apenas dois membros da família fazem parte de nosso staff. Eu e meus irmãos somos os principais acionistas, e tudo tem que ser feito de acordo com todos, sendo mais fácil administrar um negócio sem que as susceptibilidades sejam feridas", ensina.  
A visão de Othon Bezerra de Melo coadunava com seus patrícios portugueses. Estava sempre preocupado em "dar renda para a família, quando ele faltasse", garantindo o futuro com um negócio baseado na "pedra e cal". Nos anos 20, quando já possuía fábricas de tecidos em Pernambuco, Minas Gerais e duas no Rio de Janeiro, abriu seu primeiro hotel no andar em cima do armazém de tecidos de sua propriedade, o Recife Hotel. A casa ficava nocentro da cidade e era de no máximo duas estrelas, brinca o presidente da rede Othon. Quando em 1943 veio morarno Rio de Janeiro, então capital e sonho dos nordestinos, ele observou que a idade precisava de hotéis, principalmente de três estrelas. Então, ele abriu o Aeroporto Hotel, o mais antigo da rede, que completa agora 60 anos. Depois, construiu um hotel em São Paulo, em 1945, que já foi fechado. No Rio de Janeiro, construiu outros seis estabelecimentos hoteleiros entre os anos 50 e 60, período em que foram encerradas as atividades na área têxtil, que vinham apresentando problemas há muito tempo. Já sob administração de Álvaro Bezerra de Melo, o Leme Palace, o Rio Othon abriu as portas em 1975 e o Belo Horizonte Othon, em 1978. Depois, o grupo arrendou à família Lazar o Imperial, em Fortaleza (a rede conta agora também como Miracema e o Vilamar). As pousadas começaram a ser implantadas nos últimos três anos, depois que empresário observou a chegada das redes estrangeirasao país, sem despender dinheiro, apenas colocando bandeiras para administrar hotéis em funcionamento. Na área das pousadas, seguiu o mesmo estilo, colocando a marca e participando da parte comercial, com unidades iniciadas no Rio de Janeiro (Petrópolis, Angra, Búzios, Parati). Os estabelecimentos são muito simples (20 a 30 quartos), sendo um trabalho relativamente simples obter ocupação completa, quando se leva em conta nossa batalha para conseguir o mesmo no Rio Othon com seus 600 quartos", brinca Álvaro Bezerra de Melo. Mas um dos desafios do grupo é a cidade de São Paulo, onde está em fase de negociação final o controle administrativo de um aparthotel com 200 apartamentos, fazendo ainda parte dos planos empreendimentos no interior do Estado.  
"A capital paulista tem grande visibilidade entre os empresários brasileiros e este potencial não pode ser deixado de lado. Mas nossa estratégia não é apenas nacional, e por este motivo decidimos há três anos entrar para a área de representação comercial de hotéis no exterior. Entre as boas aquisições está o Claridge, em Buenos Aires, com 170 apartamentos e cinco estrelas", diz. "Em Portugal são três (o Metropolitan, em Lisboa, com 420 apartamentos, o Marques de Sá, com 200, e o Olicipo, inaugurado no dia dois de maio último), e em Paris, sete pequenos hotéis. Estes estão indo muito bem, porque o brasileiro adora a cidade e estamos oferecendo acomodações três estrelas, num panoramade hotéis muito caros. Nós oferecemos uma forma de a classe média e classe média alta irem a Paris por um preço razoável", explica. Ele acrescenta que até aí chega o estilo Othon de tratar os hóspedes. Em uma das casas, a cada turno, existe um funcionário que fala português, fazendo com que o brasileiro que não tenha domínio do francês sinta-se mais seguro na cidade. "Hoje, temos 38 hotéis e em cada um deles procuramos introduzir o atendimento simpático e colhedor que é marca da rede", afirma.  
O jeito Othon – Um ponto em comum no serviço prestado pelos funcionários do Rio Othon e do Bahia Othon é a cordialidade e naturalidade no atendimento aos hóspedes. Álvaro Bezerra de Melo afirma, porém, que esta é um característica baiana, facilmente observável por quem, como ele, constantemente visita os empreendimentos da rede em todo o país. O pessoal mais acolhedor que nós temos é o baiano. Esta é uma característica nata da Bahia, de ser simpático. E isso cativa muito, sendo uma das razões que me permitem prever que o Estado terá ainda mais sucesso na área de turismo", prevê. "É uma cidade linda, com um acervo histórico fantástico, praias maravilhosas, e com essa simpatia do povo que faz o visitante sentir-se bem acolhido. O baiano tem algo especial", afirma. Compreensivo, ele analisa que o grande problema do Rio e de São Paulo é o fato de as cidades terem se tornado muito grandes, com funcionários morando a uma hora e meia, duas horas de distância, e enfrentando um transporte público de má qualidade. "São pessoas mais sofridas e, apesar de serem simpáticos, precisam ser estimuladas através de treinamento para aumentar a auto-estima, enquanto que em Salvador a alegria é espontânea",  
conclui. Mesmo assim, o Rio Othon possui funcionários que se destacam, como um dos porteiros, conhecido pelo largo sorriso, e que faz parte da paisagem de Copacabana sendo constantemente solicitado para filmagens. Os mordomos, o maître e assistentes do bar e restaurante Skylab fazem os clientes sentirem-se em casa. O mordomo Eliel Vitoriano explica que o hotel passou por uma ampla reforma nos 560 apartamentos, com 26 suítes dotadas de conforto para o hóspede comum, além de possuir estrutura para o homem de negócios. Computador, fax e secretária eletrônica são encontrados nas amplas salas onde não faltam nem mesmo a máquina de café expresso. O 27º andar possui espaços para encontros formais, para leitura e happy-hour. As refeições podem ser feitas em quatro restaurantes. As convenções são realizadas com modernidade e conforto nos andares 1º, 2º , 5º e 30º.  
 
Crise no mercado  
Como ex-presidente da ABIH-RJ e atual diretor de relações externas e externas da entidade, Álvaro Bezerra de Melo vê com preocupação o atual quadro do ramo hoteleiro. Cidades como São Paulo, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília estão vivendo a difícil situação de possuir oferta de quartos muito além da demanda. A capital paulista é o caso mais complexo, avalia, pois apresentou um crescimento de 25 mil para 60 mil quartos. O aumento é injustificado, porque apesar de ter agora a mesma quantidade de apartamentos que Nova York, esta recebe 25 milhões de visitantes por ano e São Paulo três milhões, compara. O resultado é que o grupo Sheraton está entregando o imóvel do Monfarej, que administrava há muitos anos e pelo qual pagava US$ 200 mil mensais. A saída de outros estabelecimentos vem sendo fechar andares e demitir funcionários para que não ocorra queda na qualidade do serviço, diz o empresário. Um melhor desempenho vem sendo apresentado por hotéis de três e quatro estrelas, que podem diminuir seus custos, pondera. "A hotelaria está passando por um momento difícil, e a economia atravessa um período de semi-recessão, as pessoas estão viajando menos, os custos estão grandes. Desta forma, o ramo não tem apresentando um desempenho brilhante", avalia. "A crise da Argentina atingiu em cheio o Rio, por exemplo, onde 17% dos turistas eram argentinos, e no ano seguinte caiu para zero. No ano passado, registrou-se crescimento de 5% e este ano chegou a 7%. Mais ou menos a mesma coisa verificou-se em Salvador e em Porto Alegre. Outros fatores como dengue em 2002, e agora a violência, são fatores inibidores da vinda de turistas", sintetiza. Mas as soluções existem, e apesar de não ver uma solução imediata para o caso de São Paulo, Álvaro Bezerra de Melo acredita que medidas de caráter político poderão impedir que a situação se agrave em outras capitais. Uma destas ações está em andamento com o funcionamento de uma comissão parlamentar em Brasília, que estuda o turismo. Entre as sugestões avaliadas está um melhor escalonamento das férias escolares. "Por começarem muito antes do Natal e terminarem antes do Carnaval, o período não é bem aproveitado para o turismo interno", argumenta. "O Brasil tem cara de jovem, com seu clima e praias, mas, por incrível que pareça, o turista estrangeiro que costumamos receber tem mais de 40 anos. Acho que nós temos que abrir espaço para o jovem, porque nosso país tem muito apelo para esta faixa etária. Temos que atrair este público para festas como o Carnaval, para que ele retorne e visite outros pontos do país. O estímulo ao aumento do número de albergues e uma melhor localização para estes é fundamental", afirma ainda o presidente do grupo Othon. O fato de a marca Brasil ser pouco promovida pela Embratur nos últimos governos o faz sentir-se pessimista em relação às promessas do atual governo de empregar R$ 80 milhões no próximo ano na divulgação do país como destino turístico. "Este valor não é um investimento a fundo perdido, tem um retorno rápido e muitos países do mundo já descobriram isso. A África do Sul recebeu 10 milhões de visitantes em 2002 e tem índices de violência tão altos quanto o Brasil, que recebeu quatro milhões. Leva a vantagem de ser um país de língua inglesa, mas não se descuida de sua divulgação. O mesmo acontece com a Austrália, que apesar de ser do primeiro mundo, fica a uma grande distância da Europa e dos Estados Unidos, mas também tem grande retorno com seu investimento em turismo. Outros destinos como a distante Tailândia, que conta com uma magnífica estrutura hoteleira, também fazem constante publicidade de suas belezas e mistérios. Enquanto que o Brasil, ressalta, que abriga muitos países em um só, tanto em diferenças de clima e relevo, quanto em diversidade cultural, permanece um grande desconhecido para a maioria dos turistas em potencial no mundo.  
 
Patrimônio da casa  
A secretária executiva Adenilza Costa (foto) trabalha há mais de 20 anos na gerência geral do Othon Bahia e conhece como ninguém a história e as dificuldades para administrar um grande hotel. Funcionária séria e eficiente, abre um largo sorriso quando o assunto é o hotel, do qual veste a camisa com desvelo. Muito jovem, Adenilza forjou sua capacidade de trabalho inicialmente no setor administrativo de indústrias metalúrgicas. Isso começou assim que veio para Salvador, no começo dos anos 70, oriunda de Vitória da Conquista. A chegada ao Othon se deu quase por acaso, por estímulo de uma amiga. Veio, gostou e vem ficando, mordida pelo bicho hoteleiro. Ela também foi conquistada pela falta de rotina no seu dia-a-dia, num hotel que já abrigou personalidades como Fidel Castro, o rei Dom Juan Carlos e a rainha Sofia, da Espanha. Mas vibração mesmo só como Tatau, do Araketu, do qual é fã incondicional, e de quem guarda um quadro comemorativo do disco de ouro pendurado ao lado de sua mesa de trabalho.  
 
Pegando no pesado  
O mineiro de São João Nepomuceno, Aldo Campos (foto), não era um novato na área hoteleira quando assumiu o Bahia Othon Hotel, em 1991. Depois de mais de 10 anos atuando como gerente financeiro e diretor do Sofitel Salvador (antigo Quatro Rodas), ele havia feito um curso na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, quando decidiu aceitar o novo desafio. Na época, os estabelecimentos da área apresentavam sérios déficits, atingindo a máxima de 45% dos quartos ocupados.  
Além disso, havia necessidade de uma ampla reforma no hotel no que diz respeito aos equipamentos, cuja situação refletia os preços mais baixos cobrados no Nordeste. Além das obras em si, foram realizadas diversas tentativas para modificar o quadro, mas a solução veio através da instalação de um vôo charter da operadora LTU. O vôo vinha diretamente da Alemanha, e o contingente de turistas beneficiou inicialmente apenas Recife. Ao ser transferido para Salvador, ocorreu uma breve disputa entre o Othon e o então Meridien. "Isso significava a ocupação de nada menos que 90 quartos, que aliviava em muito a situação financeira, senão pela cobrança direta pela hospedagem, que não podia ser cara, mas sim no consumo e volume de ocupação", explica Aldo Campos. A ocupação passou de 30 para 60%, mantendo este padrão durante um ano. O vôo passou de semanal para quinzenal resultando no período mais satisfatório, mas foi suspenso em 1992, deixando um vácuo. A esta altura, porém, diz o gerente geral do Othon, o fluxo de turistas havia aumentado e as principais reformas foram concluídas. Outros fatores como melhoria nas condições de limpeza e transporte da cidade também foram pontos a favor, assegura Othon, pois trouxe um incentivo ao turismo de negócio. O reaquecimento das atividades do CIA e do Pólo Petroquímico de Camaçari também exerceu influência positiva, resultando na necessidade da reforma realizada nos últimos dois anos, para adaptar as instalações às novas necessidades dos clientes, avalia. A reforma do centro de convenções, que agora conta com um grande salão que pode ser desdobrado em três espaços de 420 m2, além de uma área de 900 m2 para exposições, também supre esta necessidade, disse. As reformas que também permitiram a instalação de modernos equipamentos de iluminação e informática nos quartos, além da mudança dos tons de decoração para cores mais claras, terminaram pouco antes do Carnaval, explica Aldo Campos. Estas intervenções consolidam a posição do Othon Bahia em relação ao grupo, respondendo por 15% do faturamento global da rede, com projeção de atingir 20% com o novo centro de convenções. Isto deverá consolidar sua posição, que no ano passado significou crescimento de 30% sobre o faturamento global. Os 220 funcionários representam 9% dos empregados da empresa e garantem a manutenção dos 26.600m2 de área construída. Ele aponta ainda iniciativas como a implantação do ISO-9002, em outubro de 2000, a realização de festivais gastronômicos nos quatro restaurantes do Othon (Lampião, Porto das Nações, Saveiros e Sushi Bar), e a maior interação com a comunidade como formas de enfrentar os períodos de baixa ocupação. "Mas durante todo o ano, essa aproximação com os moradores de Salvador é uma constante fonte de inspiração para que nossos serviços incluam a alegria de viver e a simpatia do povo baiano", completa

  
Um novo Othon O Hotel Othon Bahia é parte integrante de Salvador com uma das melhores localizações e com o serviço hospitaleiro que só a Bahia pode oferecer.



... de todos os ângulos o mar e o céu azul...

Para quem gosta de comida sofisticada, ar condicionado e um ambiente mais formal; o Restaurante Porto das Nações

Em frente a piscina, o mar. Em frente ao mar uma moderna piscina com muito conforto segurança e água bem tratada.

Álvaro Bezerra de Melo vê com preocupação o atual quadro do ramo hoteleiro.

Localizado num dos mais aprazíveis locais de Salvador, o Bahia Othon Palace está por todos os ângulos cercado de mar e céu azul. Sua arquitetura, cardápio, padrão de serviço e decoração faz com que o hóspede sinta-se a todo instante na Bahia

A secretária executiva Adenilza Costa



"O hotel foi aberto quando ACM era governador, em 1974, e desde então temos uma grande amizade. Eu acho que ele fez muito pela Bahia em muitos termos, especialmente em turismo. De fato, ele abriu o Estado para esta atividade. Além de profissionalizar este segmento, ele abriu o leque de opções com destinos como Lençóis, Ilhéus e Porto Seguro. Tudo isso apareceu em suas administrações, e hoje eu posso dizer que Rio de Janeiro e Bahia são os pontos máximos de turismo no Brasil"







Aldo Campos

Copyright © 2001, Vida Brasil. - Todos os direitos reservados.