A estrela do leste

sábado, 7 de agosto de 2010

A Hungria tem história de mais de dois mil anos para contar. O país tem histórias de guerra de sobra e de sobrevivência para nos ensinar. São fatos de invasões, de assaltos às suas riquezas, de violência contra o seu povo, anos de subjugação, mas que não permitiram que a bela Budapeste perdesse o ‘glamour’. Visitar Budapeste é viajar no tempo, penetrar na cultura voltando ao tempo e curtir os seus atrativos naturais tão bem preservados pelo tempo, mesmo a despeito de tantos anos e anos de ....

A estrela do leste


 

...lutas pelas suas conquistas.Foram vikings, mouros, muçulmanos, romanos, soviéticos, enfim, inúmeras tentativas de dominar esse povo ‘indominável’.

 

Por tanto, apertem os cintos para essa curta viagem por Budapeste que, claro, poderá ser melhor apreciada à pé, de bonde, de metro, de ônibus, pelos seus dois lados perfeitamente diferentes: o lado Buda e o lado Peste. Começamos pelo lado mais histórico, tombado pela Unesco em 1972, Buda conserva a sua beleza natural, misturada aos seus monumentos históricos e artísticos. Suba até à Colina de Buda de bondinho já curtindo a linda vista de Peste e do Danúbio do outro lado. Nessa vista, comece a admirar a maravilha obra arquitetônica do Parlamento Húngaro do lado Peste. O imperador Adriano também foi um dos conquistadores de Buda e ate recebeu a coroa por isso. Dizem que talvez tenha sido ele que ordenou a construção do palácio que está em ruínas na Colina.

 

Budapeste é uma metrópole de dois milhões de habitantes, está no centro da Europa, e que em 1873 fez parte do Império austro-húngaro. Na Colina o destaque é o castelo de Buda, cuja construção começou e 1300 e finalizado um século depois. Hoje ele abriga um museu, um teatro e a biblioteca nacional e tem como destaque a estátua eqüestre de Eugênio de Savoie. Ainda na colina – entre um café e outro – visite a cidade medieval de Buda cujas ruas, em tempos, abrigaram alemães, húngaros, judeus, turcos, italianos.

A arquitetura do local é um caso à parte para ser apreciada lentamente. A Igreja de Buda,onde se casaram o rei Matias e Beatriz de Aragão, teve os seus primeiros traçados feitos no século XIII. Ela parece um pequeno monumento de areia feito à mão. Foram anos e anos para ficar totalmente pronta, ao estilo neogótico. Dedique um dia todo à Colina de Buda, e descanse nos mirantes experimentando a cerveja húngara apreciando a vista de Peste do alto. Desce a pé da Colina e descubra mais sobre Buda.

 

Budapeste tem mais colinas. Ao sul do Castelo de Buda e a 235 metros está o Monte Gellert cujo nome é uma homenagem a um dos pioneiros da cristianização da Hungria, São Gellert, ou São Gerardo. Consta que ele foi atirado desse monte dentro de um baú para morrer no rio Danúbio. O Monte Gellert é uma reserva calcária, de águas puras, naturais, que abastecem o hotel Gellert uma espécie de SPA. São águas termais que curam doenças há milhares e milhares de anos.

 

O lado Peste é mais plano, tão lindo e charmoso quanto o lado Buda. O destaque fica por conta do Parlamento, local de importantes decisões políticas e rico em história. Todos os dias formam-se filas de visitantes para conhecer a riqueza interna do Parlamento. Mas o lado mais impressionante do prédio está do lado do Danúbio, onde são inúmeros os detalhes de sua arquitetura, e onde estão 88 estatuas de reis e chefes de tribos que conquistaram o atual território. No seu interior outras tantas estátuas, e uma decoração que valoriza a flora da Hungria.

 

Aliás, estátuas é o que não faltam por toda Budapeste. Preste atenção, pois elas estão em toda à parte, nas fachadas de prédios em alto relevo, nas ruas, calçadas, nos teatros, museus, e representam tudo e todos que fizeram a cidade, a sua história, a sua cultura. Em quase todas as esquinas de Budapeste a gente encontra uma livraria (dois ou três andares de livros), muitas bibliotecas. Temos a impressão que o povo só faz ler, o que promove o país como um dos mais letrados e culturalmente desenvolvido. As ruas largas, espaçosas, o prédios de arquitetura gótica, ricos em detalhes. Ao caminhar pelas ruas é preciso ficar atento a tudo; observe as grandes portas dos prédios, entre e se deixe surpreender por cafés instalados na área interna.

 

Visite a Basílica de Saint-Etienne construída em 1905 cujo interior é decorado por mosaicos, afrescos e obras dos artistas mais conhecidos da época. Caminhe pela avenida Andrássy em













direção ao monumento Emlékmu um dos maiores símbolos de Budapeste composto por figuras que representam a paz, a guerra, o saber, o trabalho, o bem estar, e a glória, junto com o arcanjo Gabriel. A praça dos heróis é fantástica, e de frente a ela está o museu Mucsarnok. Volte pela mesma avenida e visita a Ópera de Budapeste, onde sempre tem espetáculo. Ao lado, os cafés servem delícias para os húngaros e visitantes, e o serviço é bom e de preço bem razoável.

 

A Sinagoga de Budapeste deve fazer parte desse plano de visita à cidade. Ela foi construída em 1859 e no local conheça o monumento em homenagem à memória das famílias judias sacrificadas durante a segunda guerra. A parte Peste tem uma linha de metrô de superfície, ou bondes, charmosos que cortam a cidade. Há ainda um metro de superfície mais moderno. E os metrôs subterrâneos que ligam a capital com a periferia. O sistema de transporte em Budapeste é completo e barato.

 

Conhecer a cidade a pé é o melhor programa. Olhe para baixo e veja as tampas das redes de telefone, eletricidade, feitas em bronze, com desenhos que parecem obras de arte. As ruas são  iluminadas por postes de ferro antigos com três lâmpadas, e são muitas as vias de pedestres. A praça Vorosmarty está o café e padaria Gerbeaud um dos mais tradicionais e chics da cidade com as mesinhas na calçada.

 

Budapeste esconde segredos, dizem. Cabe aos seus visitantes descobrir cada um deles. Vale à pena ter paciência, caminhar, olhar, observar, enfim, aproveitar a cidade. Sabe aquelas cidades que a gente toparia morar? Budapeste seria uma delas.


Autor: Carminha Corrêa
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Existe 3 comentários para esta publicação
quinta-feira, 12/8/2010 por Aparecida Mendes/ Salvador BA
A ESTRELA DO LESTE
Realmente uma linda viagem...! parabéns Carminha.
sexta-feira, 6/8/2010 por Reinhard Lackinger
gastronomia magyar
Quem visitar a Hungria tem que visitar uma Czárdá, um desses restaurantes típicos com música cigana ao vivo. Quem perdeu esse prazer, que venha até o Bistrô PortoSol.
quinta-feira, 30/7/2009 por grace
concordo integralmente com a materia
É realmente linda Budapeste, tanto o lado Buda como o lado peste, Eu recomendo!!!!! E navegar pelo rio Danúbio hummmmmmmmmm , maravilhoso!!!!!
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