KEFIR; ENSINO-TE A FAZER

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Estou passando por um processo de emagrecimento e reeducação alimentar. Ganhei 16 kg a menos em noventa dias. Adaptei às minhas necessidades a dieta, a do Dr. Dukan; sucesso! Por sugestão da minha amiga e orientadora, Lulu de Abreu, não sem resistência, aderi à utilização do Kefir. Lendo no caderno Paladar do Jornal o “Estado de São Paulo”, o artigo de Neide Rigo, identifiquei-me com o texto, resolvi reproduzir a matéria e me proponho a doar aos interessados (a) a matriz para reprodução.

KEFIR; ENSINO-TE A FAZER


Kefir é um tipo de coalhada feita a partir do encontro do leite com um conglomerado de micro-organismos que lembra um pedaço de couve-flor.

Evito citar a palavra Kefir porque em seguida chovem pedidos, com variados graus de gentileza, que não dou conta de atender. É que, antes de ser alimento gostoso, Kefir é quase religião. Dizem que a solução para curar de unha encravada a câncer foi presente de Alá e não pode ser vendida.

Não acredito nisso e o trato como um alimento gostoso com funções probióticas. Acho que todo mundo pode comprar de quem produz um pedacinho da colônia. E não digo isso porque quero vender Kefir. Longe de mim. Já pertenci a comunidade de doadores e ainda presenteio amigos, vizinhos, parentes, e assim deve ser com quem tem.

Comprei minha primeira colônia de Kefir no Mercado Livre e ela chegou pelo correio, do tamanho de uma bola de gude, com instruções de uso.

Quem não tem um doador por perto, pode comprar Kefir sem pedir perdão. É algo que se compra uma vez na vida, dado que ele se multiplicará logo em quantidade suficiente para presentear os seus amigos.

+ Como fazer o Kefir e duas receitas em que ele é o ingrediente principal: Bolinhas no azeite de ervas e Queijo fresco tipo chancliche

Em vários países europeus, o Kefir é vendido com iogurtes e coalhadas. Na aparência, eles são quase iguais, mas os micro-organismos envolvidos na produção são diferentes. Já tinha ouvido falar dele na faculdade de nutrição, mas acredito que lá também ninguém soubesse o que era, pois os professores diziam só “é um leite fermentado do Cáucaso” e nunca aprofundavam. Só depois de pesquisar e conseguir a colônia é que descobri que lá pelo final da década de 1970 esse mesmo grupo de micro-organismos chegou a colonizar o leite de casa. Não fez muito sucesso, minha mãe achou o resultado gosmento. E sumiu.

Já tem quase dez anos, tomo Kefir batido com frutas todos os dias no café da manhã. Quando sobra, faço queijo tipo chancliche, lassi ou coalhada seca.

Soro. Para escorrer o Kefir, use um saco de pano ou coador de náilon apoiado sobre uma jarra e guarde na geladeira.

Para quem não sabe nada sobre Kefir, trata-se de uma colônia de leveduras a bactérias que pode chegar a 70 espécies e que se alimenta de lactose e fermenta o leite. Esse leite fermentado é um alimento probiótico por conter lactobacilos e outras bactérias vivas. Há muitos estudos in vitro e in vivo que mostram os préstimos do Kefir à saúde – da absorção de nutrientes à inibição, em ratos, de alguns tipos de metástase. É excelente para quem tem leve intolerância à lactose, pois no leite fermentado parte dela está pré-digerida. Se tomado todos os dias, regula o intestino e dá resistência a doenças, além de ser delicioso quando bem feito. Só não espere dele a cura para todos os males.

Não se sabe exatamente como e onde o Kefir surgiu e até hoje ninguém conseguiu produzi-lo senão a partir de um pedaço da colônia já existente. Sabe-se, no entanto, que a palavra Kefir vem do turco keif, que significa bem-estar ou bem-viver e que surgiu na região montanhosa do Cáucaso, onde dizem ter sido presente de Alá ao profeta Maomé. Por muito tempo os locais guardaram segredo sobre ele.

Diz a história, talvez com um pouco de floreio, que em 1900 os irmãos Blandovs, que faziam queijos no noroeste do Cáucaso, foram contratados pela Sociedade Médica Russa para conseguir o segredo do Kefir. Eles usaram a artimanha de expor a jovem e linda funcionária Irina Sakharova como isca para conquistar o príncipe do Cáucaso, que lhe daria a colônia em forma de grãos de presente. Mas nem todo o amor do mundo fez que o príncipe caísse em tentação. A moça voltou de mãos abanando, mas em seguida foi sequestrada e levada de volta ao príncipe, que lhe ofereceu presentes e joias. Irina bateu o pé até conseguir o que lhe havia sido encomendado. E foi por esse caminho que o Kefir chegou a Moscou e de lá, se espalhou pelo mundo, sempre se reproduzindo a partir daquelas colônias, até chegar a minha casa e à sua.

Bolinhas no azeite de ervas

1. Tempere 1 litro de Kefir com 1 colher (sopa) de sal e deixe drenando, do mesmo jeito que se faz a coalhada seca, só que por mais tempo – cerca de 40 horas.

2. Faça bolinhas com a massa e vá colocando com cuidado dentro de um recipiente onde já tenha um tanto de azeite, sal grosso, grãos de pimenta-do-reino e ramos de ervas frescas como orégano, tomilho e alecrim.

3. Sirva depois de 1 dia, no máximo, pois o Kefir continua a fermentar.

Queijo fresco tipo chancliche

1. Prepare o Kefir como indicado aqui

2. Tempere e drene o Kefir ao longo de 40 horas, como na receita de bolinhas no azeite, porém, para fazer o queijo fresco, mantenha a bola inteira.

3. Sirva o queijo puro ou empanado com zaatar (misture orégano, sumagre e gergelim) ou com uma mistura de ervas secas (pode orégano ou hortelã), pimenta-do-reino triturada grosso e gergelim.

Contatos para aquisição gratuita das matrizes podem ser feitos pelo e-mail coslec@hotmail.com. Salute!



Autor: Neide Rigo
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Existe 2 comentários para esta publicação
terça-feira, 5/2/2013 por Elisabeth Wonderlyne
Efeito contrário.
Infelizmente para mim o kefir aumentou minha barriga. E de nada adiantou dobrar o tempo e a intensidade nos exercícios aeróbicos, tive de parar de usá-lo. E sei o quanto é saudável, mas no meu caso me tornou barriguda.
quarta-feira, 30/1/2013 por Katia Borges
KEFIR
Ótima reportagem! em especial sobre a dica de que, na ausencia de um doador próximo, pode-se adquirir no mercado livre. Muitos alunos me escrevem perguntando sobre isto e, agora, poderei orientá-los. Um excelente alimento!
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