A origem das garrafas

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Em algum momento lhe despertou a curiosidade os diferentes formatos das garrafas de vinhos? Ao longo do tempo, o precioso liquido foi armazenado nos mais diversos tipos de recipientes, dependendo da região. Muitas delas preservam seus modelos originais. Um enófilo atento certamente perceberá a região de origem do vinho com uma simples olhada na garrafa. Depois dos odres, ânforas e barricas, os principais tipos de garrafas utilizadas no mercado de vinho e as suas origens.

A origem das garrafas


Por toda a antiguidade até Alexandre, o Grande, o odre de couro, as ânforas de barro foram amplamente utilizados. Quando, durante o Império Romano, os legionários chegaram à Gália, encontraram a solução para a comercialização do vinho na Europa; A barrica de carvalho. Esse recipiente atravessou a Idade Média, e a Revolução Francesa, só perdendo espaço durante a Revolução Industrial quando apareceram as garrafas de vidro. Eficiente e prática na questão do transporte, a garrafa de vidro superou rapidamente as outras.

Apesar de já utilizada por cientistas, boticários e perfumistas, apenas alguns vinhos de alta qualidade eram engarrafados e, mesmo assim, como ainda ocorre, embora raramente nos dias de hoje, nem sempre eram engarrafados na origem.

O vinho transportado em barricas era engarrafado pelo negociante que nem sempre utilizava critérios de honestidade. Para o produtor, esse processo trazia muita comodidade, entre outras razões, pela dificuldade de se padronizar as garrafas para ser utilizadas em linha de produção.

Hoje, são praticamente dois os tipos de garrafa utilizados: O bordalesa, amplamente utilizado nos tintos e o borgonhesa, para maioria dos brancos e tintos feitos de Pinot Noir.




Bordalesa

Amplamente utilizada em todo o mundo para vinhos tintos. É alta, tem um ombro largo originalmente utilizado para decantação da borra. Os vinhos do porto e o Jerez possuem gargalos mais compridos que os usuais.





Renana

Estilo estreito e comprido, sem ombro, popular na Alsácia, no Rheno e no Mosel. As cores variam: verde escuro no Rheno e na Alsácia, marrom no Mosel. Utilizada em todo o mundo para envasar Riesling e Gewürztraminer.






 

Borgonhesa

Popular para vinhos brancos e tintos, principalmente de uvas Chardonnay e Pinot Noir. É a garrafa da Borgonha e do Vale do Rhône. Tem pescoço comprido e não tem ombro.




Francônia






Bojuda, larga e baixa, de coloração verde escuro ou marrom, tem a forma de um cantil. É utilizada também em Portugal e na Grécia.







Champagne

Modelo que se parece com a borgonhesa, de pescoço comprido sem ombro, porém mais pesada e um pouco mais larga para poder suportar a pressão.


 


Autor: Celso Mathias
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