A
histórica imagem mostra os 13 presos políticos trocados pelo embaixador americano
Bruce Elbrick - os últimos dois subiriam a bordo do Hércules C-56 no meio da
viagem - na base aérea do Galeão, Rio de Janeiro, antes de partirem para o
exílio no México. Entre eles, o notório José Dirceu.
Mais uma vez, erro e falsidade. O PT sempre foi assim, como venho registrando desde 1988, quando comecei a escrever para as páginas grandes do velho Correio do Povo. Desde o início, o partido foi movido por um projeto de poder inspirado nas piores e mais fracassadas teses políticas que a humanidade experimentou no século passado. Na origem de suas concepções e condutas está, também, a essência da perversão política: a regra de que os fins justificam os meios. Muitos de seus principais dirigentes, antes mesmo de o partido existir, sequestravam aviões, exigiam resgate, recebiam recursos de potências comunistas, viveram décadas às custas do produto de assaltos que praticaram em dezenas de empresas, joalherias e em mais de uma centena de agências bancárias.
Mesmo antes de o PT existir, esses mesmos dirigentes
estavam comprometidos com uma visão perversa de Estado. Eram contra a
democracia representativa, adversários da economia de mercado, organizavam
movimentos fora da lei, que afrontavam a Justiça, a ordem pública e o direito
de propriedade. Levaram à Constituinte de 1988 teses com o confessado e
documentado objetivo de implantar no Brasil um Estado socialista com enorme
ingerência nas atividades econômicas e na vida privada.
Em nenhum momento de sua história, seja como partido oposicionista dedicado a assassinar reputações, seja como condutor do governo, o Partido dos Trabalhadores mostrou qualquer apreço pelas nações democráticas, pelas economias livres, pelos países que prosperaram sob sólidas instituições liberais. Todo o apreço do PT fluiu, sempre, para regimes totalitários, arautos do atraso e do subdesenvolvimento. Durante o regime militar, os que deixavam o país buscavam refúgio no Chile comunista de Allende, na Argélia de Boumédiènne, em Cuba de Fidel, e atrás da Cortina de Ferro. Mantiveram e mantêm estreitas relações com os movimentos de guerrilha e terrorismo comunista da América Latina, os quais foram convocados por Lula e Fidel para integrar o Foro de São Paulo. No poder, a atração pelas más companhias se voltou, também, para os piores líderes africanos, corruptos, ditadores e genocidas. Faz e distribui sorrisos a governos fundamentalistas islâmicos e jamais repreendeu um terrorista sequer.
A corrupção que arrasou a Petrobras e fez jorrar
dinheiro do Tesouro aos amigos do rei e da rainha através do BNDES reproduz, em
escala bilionária, o que acontecia em muitas das primeiras prefeituras do
partido nos negócios com coleta de lixo.
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* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.