O carro elétrico já é realidade Tesla Model S 75D

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

A Tesla continua em pleno crescimento e a melhorar a olhos vistos. O restyling do Model S foi ligeiro, mas tornou a frente mais sóbria e moderna, com maior aposta nas óticas dianteiras com LED adaptativos. A Tesla também estreou o novo filtro de ar HEPA e acabamentos em madeira no interior. A sensação é que a renovação do Model S lhe deu um ar mais elegante, embora ainda não esteja ao mesmo nível do ponto de vista de pormenores de luxo de uma Porsche, por exemplo.

O carro elétrico já é realidade Tesla Model S 75D

O sedã de cinco portas, que permite cinco ocupantes (permite ainda colocar bancos para duas crianças) e que tem 4,97 metros usa alguns componentes da Mercedes e aproveita bem o espaço no interior. Com duas bagageiras, uma pequena por baixo do capô e outra maior na traseira, temos um total de 894 litros de arrumação. Impressionante.

As baterias estão colocadas na parte inferior do Model S, o que ajuda a dar-lhe solidez e um desejável centro de gravidade baixo. O conforto da suspensão, não sendo de referência, também convence cada vez mais.

A versão em tela é uma das menos potentes (o que parece menos prometedor o que, na verdade é), o Model S 75D, com dois motores elétricos e tração integral, com uma potência combinada de 518 cavalos. Números sonantes, mesmo numa das versões menos potentes do Model S.

A bateria de 75 kWh promete uma autonomia até 490 km, mas no nosso teste, num circuito misto entre cidade e autoestrada pareceu mais realista apontar aos 400 km de ‘liberdade’ sem ter de recarregar as baterias – e se aumentarmos o ritmo, para aproveitar a potência dos 518 cv, esse valor desce para perto dos 300 km.

Quase tudo no Tesla é configurável na tela tátil de 17 polegadas no centro do carro. Além de termos, incluído de série, internet gratuita (via 3G e com serviço em toda a Europa), temos Spotify Premium incluído e um GPS completo ao estilo Google Maps bem pormenorizado e facilidade de navegar na internet. Não são precisos botões, com um verdadeiro computador/tablet, com tanto para escolher.

É num Tesla como o Model S que podemos sentir no pedal e no volante que um carro 100% elétrico pode ser tão agressivo quanto divertido. Mesmo tratando-se de um sedã e não de um pequeno esportivo, além do silêncio óbvio, de se conduzir um elétrico, a potência é dada de imediato. Não só no arranque, onde um elétrico brilha sempre, mas nas recuperações capazes de surpreender pela intensidade progressiva e de potência constante. Na verdade, faz dos 0-100 km/h em 4,4 segundos. O Model S é repentino, quando assim o desejamos, mas também permite uma condução suave e calma.

Nesta versão mais recente parece mais ágil, leve e bem equilibrado nas curvas – ajuda bastante o tal centro de gravidade baixo, fruto da colocação das baterias, de que já falámos.

Uma das inovações da versão mais recente do Model S é a segunda geração do sistema de condução semiautônoma, Autopilot. O Autopilot 2 tem 12 sensores e permite ter até oito câmaras à volta do Model S (a versão que testámos tinha quatro). O novo sistema já permite atualizações de software constantes e automáticas (tal como acontece com as aplicações de smartfone) e vem preparado para o próximo nível de condução semiautónoma que a Tesla prepara para o final do ano.

Para já o sistema obriga a colocarmos as mãos no volante de tempos em tempos. Na autoestrada, tal como acontecia com o Autopilot 1, o sistema autônomo funciona muito bem, já que (por norma) temos linhas bem definidas no chão. Podemos ultrapassar, bastando para isso fazer pisca, e o sistema muda de faixa por nós assim que haja oportunidade.

Ficámos surpreendidos com a forma como consegue fazer curvas pronunciadas e consegue gerir na perfeição o acelera e para das cidades, parando e arrancando com facilidade e segurança. Quando as linhas da estrada não estão bem visíveis o sistema fica confuso e pede a intervenção imediata do condutor. Ainda não funciona na perfeição em todo o lado, mas há uma evolução significativa.

Do ponto de vista de carregamento, o Model S permite usar uma tomada normal, embora por cada oito horas de carregamento só temos 150 km de autonomia nessa modalidade. Com a colocação de uma wallbox da Tesla (custa cerca de 634 euros), ficamos com 100 km por cada hora de carregamento. Nos Superchargers (vão ser colocados os três primeiros em Portugal até ao final do ano) em 30 minutos de carregamento ganham-se 270 km de autonomia.

A versão base do Model S, a 75, com tração traseira, tem um preço a partir dos 74 200 euros. A 75D começa nos 80 mil euros.

Veredicto - Cada vez mais completo e interessante, o Tesla Model S distingue-se pela tecnologia elétrica, a autonomia que dá a liberdade que falta a tantos elétricos (embora ainda demore muitas horas a carregar) e o renovado sistema Autopilot 2 que permite mais algumas operações sem a intervenção do condutor. Continua a não ser para todos (ter uma garagem parece ser condição), até pelo preço.


Autor: J Tomé
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