
“A rua 46 é o capítulo brasileiro da big apple,
ali milhares de residentes se degladiam em busca dos visitantes que possam
somar algo à sua economia. Tese da americana Maxine Margolis: Os brasileiros
aparecem como a única comunidade onde a disputa supera o sentido da
nacionalidade ou da origem. Ao contrário de imigrantes como os coreanos, indus
ou japoneses, os brasileiros não se organizaram, não se auto protegem.
Raríssimas exceções confirmam a regra. Os mais poderosos, aqueles que
conseguiram conquistar uma melhor posição, tratam os demais como subgente. A
maioria dos que cresceram não possue o mínimo de formação, e a luta pelo
dinheiro fez com que tudo o mais que os cercam seja o “resto”. São arrogantes,
prepotentes e mal vestidos. Novos ricos mais intoleráveis do que os daqui.”
Marilyn Monroe continua viva na memória dos americanos,mesmo entre os que
nasceram após a sua morte. Ela é tema de moda e continua vendendo nas mais
chiques vitrines da cidade. A Saks também é um símbolo americano, sua vitrine de
natal é disputada em longas filas de pessoas que não raro passam mais de uma
vez.
Nas ruas a extravagância vai dos transeuntes aos “carrões”, muitos deles
modificados num gosto mais do que duvidoso. O meio de transporte mais em moda é
o patim in line. É rápido, o combustível barato e de quebra um excelente
exercício físico. Um pouco difícil é a habilidade para guiá-lo no trânsito
furioso da grande metrópole. Muitos executivos trocam os patins pelo sapato na
porta dos seus escritórios. É incrível, mas é verdade.
ejo o
prédio onde mora Henry Kissinger. Cidade, louca cidade. Pontes, arranha-céus,
túneis, avenidas. O seu arquiteto quer imitar Deus. Cidade, louca cidade. O
rush na Grand Central Station lembra um enorme formigueiro humano. Para onde
vão e de onde vêm tantas pessoas? Cidade das filas. Nos bancos, no
caixa-eletrônico. Fila para comprar, para consumir. Cidade de aventureiros, de
desventurados. Cidade dos limiares. I love you, N.Y.!
As imagens da “grande maçã” nos remetem a uma sinfonia de Gershwin. ..