O pequeno notável

domingo, 1 de março de 2009

Menor que um veículo urbano convencional com, com a qualidade de um familiar e a agilidade de um utilitário. É assim que a Toyota posiciona o menor veículo de quatro lugares do mundo. Chama-se iQ, mede menos de 3 metros (2, 985 m), exigiu tudo o que os miolos dos engenheiros japoneses conseguiram dar e apela à inteligência de quem o compra, com fortes pitadas de charme.

O pequeno notável




Mas por que mais um micro Toyota agora, depois do Aygo e do Yaris? Para baixar a média de emissões de CO2 da marca. Carros pequenos gastam (e emitem) menos. Mas também porque a Toyota prevê que, em 2015, 70 por cento dos europeus viverão em cidades.

O problema está em diferenciar tantos produtos do mesmo segmento. É por isso que o iQ se afirma no design, piscando o olho a quem gosta do que é chique e caro. Tem muito equipamento e várias inovações.

A exigência era fazer frente ao Smart, porém, oferecendo mais ao comprador. Daí a opção pelos quatro lugares, que na realidade se traduzem numa configuração 3+1. Lá dentro, percebe-se claramente que os dois da frente são excelentes em espaço. Quem dera muitos carros maiores... Lá atrás depende. Atrás do condutor só uma criança terá espaço para as pernas, mas atrás do acompanhante cabe alguém com 1,80m de altura com outra pessoa do mesmo tamanho à frente. O iQ também é largo e alto. As costas do banco traseiro podem rebater-se para acomodar bagagem

Meia dúzia de truques- Para aproveitar assim o habitáculo a marca teve que empurrar o diferencial para a frente da caixa de velocidades (geralmente está atrás), criar uma nova cremalheira da direção com braços ancorados ao centro, conceber um depósito de combustível tipo bolacha (12 cm de espessura) e colocá-lo sob o piso do carro, dar um formato mais fino aos bancos, fazer uma unidade de ar condicionado menor para caber no console central e não ocupar espaço à frente do acompanhante e, finalmente, dar ao painel um formato convexo do lado direito. Pelo caminho, o motor 1.0 a gasolina de 3 cilindros e 68 CV recebeu nova admissão e veios de equilíbrio para vibrar menos, enquanto o diesel 1.4 D-4D (90 CV) recebeu injetores piezo, filtro de partículas e caixa de seis velocidades, enquanto o 1.0 pode receber caixa manual de cinco ou uma automática de variação contínua. Um desenvolvimento técnico destes custa caro, mas a marca rentabilizará todas estas soluções estendendo-as gradualmente ao resto da linha. Entretanto, fica com um dos pequenos carros mais bem pensados de todos os tempos e agrada a todos a quem foi apresentado

Nas estradas verifica-se que, dos citadinos, o iQ só herda as vantagens. A mais óbvia é a facilidade de manobra, com uma direção que permite inverter a marcha apenas em 7,9 metros e realizar manobras de estacionamento facílimas. Para além disso, o carro é bem construído, está forrado com plásticos resistentes e bem fixos e tem um pisar seguro e firme. O fato de ser bastante largo ajuda-o na estabilidade e a distância entre eixos de apenas dois metros não resulta no habitual saltitar brusco dos pequenos carros.

Como os grandes-A marca fez também um bom trabalho de isolamento acústico, dando ao iQ o 'feeling' de um carro bastante maior. O posto de condução é vertical mas confortável, com um bom volante multi-funções forrado a pele. O cotovelo do acompanhante está sempre longe e a instrumentação é completa, incluindo um pequeno conta-giros, computador de bordo, ar condicionado, rádio leitor de CDs e MP3 desde a versão base. O equipamento de segurança é outra surpresa. Inclui 9 airbags de série: dois frontais, dois laterais de tórax e de cortina (frente e traseira), um para os joelhos do condutor, outro no assento do acompanhante (anti-afundamento) e uma estréia: um airbag de cortina no vidro de trás. O controle de estabilidade e tração também é de série.

O Mini Toyota chega ao mercado europeu no fim de Março com o 1.0 gasolina e o diesel 1.4 de 90 CV. Para o primeiro prevêem-se preços a começar nos 13 mil euros, somando o diesel mais 3 mil. Em Agosto será a vez de uma versão 1.33 a gasolina (cerca de 100 CV). Consoante o nível de equipamento o IQ pode ser ao quadrado (iQ2) ou, no caso do tal 1.33, ao cubo (iQ3).

 

 


Autor: Byagn
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Existe 1 comentário para esta publicação
sexta-feira, 6/3/2009 por Jorge
Título?
Boa matéria
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