Educação vem de casa

sexta-feira, 13 de março de 2009

A palavra educação tem origem latina, vem de educare que significa conduzir para fora. Quem educa conduz, prepara, lapida o olhar e a mente do educando, do aprendiz, para a vida. E, mesmo o tempo sendo implacável para todos os mortais, não existe tema mais atual do que educação. Sem este pilar é difícil ficar em pé num mundo condenado a tantas concorrências e competições.

Educação vem de casa

 


Vencer, vencer e vencer é este o slogan dos candidatos a campeões. A publicidade e os meios de comunicação fortalecem a necessidade de ganhar e ultrapassar limites para que o candidato a herói vista a camisa da competência e sucesso. E o que está por trás disto? Deste cenário de tantas incertezas e expectativas? Um velho ditado já disse um dia, num passado não muito distante, que educação vem de berço, vem de casa e os méritos na formação e desenvolvimento destes futuros e promissores homens estão nas mãos das mães, das mulheres, dos pais. Temos muito que comemorar e, também, alguns itens para lembrar. O Dia Internacional da Mulher foi no último domingo, dia 8 de março. Muitos outros assuntos poderiam ser desenvolvidos tendo como inspiração o sexo feminino como: vaidade, estética, beleza, matrimônio, roupas, moda, jóias e muitos outros ligados ao universo da mulher, mas o foco deste texto é um tema mais profundo e que merece uma atenção especial.

 

O crescimento de milhares de seres, de futuros amanhãs que delinearão o cenário e rostos das nossas realidades parecem perdidos diante de tantas turbulências no mundo. A vida está pedindo reciclagem e não somente reciclar para preservar a natureza, mas reinventar e reconstruir, a cada amanhecer, motivos para viver em família e sociedade. Todo dia é dia de aprender algo novo, de ampliar o horizonte, de oportunidades que jamais voltarão e que estarão registradas no tempo, daqui a alguns minutos, como passado se VOCÊ deixá-las passar em branco. Qualquer processo de construção educacional gera mudança e transformação. As tradições, as heranças culturais e educacionais devem e são passadas de geração para geração, mas é preciso que haja uma preocupação e atenção maior com as pessoas que estão à sua frente dispostas ao aprendizado e precisando de moldes, de modelos e exemplos para crescerem. A transformação só se realizará com a presença de um educador e o primeiro degrau deste processo de crescimento físico, psicológico, intelectual e social se inicia em casa, dentro do âmbito familiar.


A melhor maneira de um pai ou de uma mãe, de uma pessoa demonstrar amor pela outra é através da educação e esta transferência social necessita da participação de um grande e importante personagem: a mãe, a primeira educadora de uma criança no seu processo de desenvolvimento. A matriarca precisa estar comprometida com este papel que necessita desempenhar todos os dias e não deixar apenas e, exclusivamente, nas mãos da escola a responsabilidade desta preciosa função. O primeiro passo para que aconteça uma mudança relevante no cenário nacional e mundial é o comprometimento da mãe educadora dentro de casa. Formar e construir um lar com alicerces sólidos e firmes que possam segurar e vencer as tempestades e obstáculos que a vida impõe e são estes empecilhos que ajudarão os aprendizes, os educandos, crescerem como pessoas e cidadãos.

 

Mas o que precisa mudar para que a educação aconteça? É preciso mudar o olhar para o outro, desfazer as diferenças, deixar de igualar as pessoas, porque não existe impressão digital igual à outra e nem tão pouco ninguém idêntico a outro, o que existem são semelhanças, aspectos em comum que podem ser chamados de cultura, costumes, hábitos. O que realmente existem de fato são culturas distintas que se complementam, se completam. A doutrina maniqueísta pode tentar colocar, avaliar e julgar entre pólos distintos coisas que parecem ser muito distantes e que na verdade não são. Educar o olhar sobre o outro é um caminho que construirá solidariedade, compaixão e educação na trilha por onde cada homem passar. Não se conformar com a ignorância e acreditar e promover mudanças dentro do seu próprio lar depende de você mais do que qualquer outra pessoa deste mundo. Vamos olhar para dentro primeiro para depois compararmos com o que vemos fora do nosso universo particular viciado em medos e incertezas. A função de educador é a mais importante para o amadurecimento da humanidade e esta reflexão sobre o valor deste processo deve ser promovida e partir de uma iniciativa da mulher que pare que cria e vê o seu filho crescer a cada dia conquistando um espaço no mundo.

 

A sociedade precisa olhar para si mesma e vê para onde está caminhando. E este ato de parar para olhar adiante deve ser feito todo o amanhecer e não somente no dia 8 de março ou nas outras datas comemorativas que simbolizam “aparentes conquistas”. 

 

O ser humano nasce incompleto e é a educação que possibilita que este ser caminhe dado à mão a oportunidade de completude, por isso a importância de despertar no seu filho a consciência que todo homem depende do outro e que ninguém tem mais cultura do que o outro, que cada um de nós necessita do que o nosso semelhante tem para nos oferecer, seja uma dica culinária, uma lição de vida ou como saber desviar o olhar para o lado e perceber as necessidades de quem caminha sozinho no asfalto. Viver é multiplicar conhecimento, sabedoria, alegria e paz. E antes de promover e lutar por tudo isso é necessário ACREDITAR que as mudanças e transformações são possíveis. Valorizar as diferenças, respeitar o outro é assim, desta maneira, que a mulher vai despertar no seu filho a noção, a consciência de cooperação e não de competição, uma educação que agrega, soma e não subtrai forças e raças. Distanciar as pessoas só produz desavenças e conflitos e a mulher, como a parte de um casal que gera vida e carrega uma nova semente da espécie, deve estar e ficar sempre atenta para as necessidades e curiosidades que o filho apresente.

 

Ninguém pode viver sem as arestas do outro, sem o complemento que o outro dá, sem a cultura do viajante do país vizinho e assim por diante que o homem deve andar e buscar as cores da sabedoria. É criando alegorias para enfeitar a passagem do seu semelhante e despertando no mesmo um sorriso, que o homem exerce sua HUMANIDADE, mesmo quando tudo parecer distante no cenário onde vivem. 

O diálogo é como uma ponte que aproxima mentes e corações e as palavras são veículos desta viagem. Pensar antes de falar não fará mal a ninguém e tão pouco demonstrará fraqueza em relação ao outro. Estimule seus aprendizes a ampliarem seus olhares sobre a vida e assim você, mulher estará contribuindo de maneira bastante significativa para o desmoronamento de um pilar falso chamado diferença que hoje é tão enfatizado pela concorrência e competição que existem entre os homens.

 

Desperte o interesse do seu filho pelo outro, primeiramente, demonstrando interesse por ele desta maneira você estará participando ativamente da transformação deste ser que você mesma gerou.  

Olhando para o hoje, para o presente que está diante da janela de todos os brasileiros, poetas ou não, letrados ou não e considerando todo o maniqueísmo existente no mundo, o que se vê é um cenário de quase caos psicológico, estrutural, onde poucos privilegiados têm oportunidade de dizer por que vieram a este planeta de tantas incertezas e muitas belezas naturais, mas sem fugir ao tema... A mulher é ou deveria ser a pilastra principal na formação do caráter dos futuros cidadãos. Faça sua parte e promova a continuação de uma espécie verdadeiramente HUMANA para evitar uma GRANDE lacuna chamada descaso. 

 


Autor: Fabiana Barros
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Existe 1 comentário para esta publicação
sábado, 14/3/2009 por ANTONIO CARLOS ANDRADE DE ALMEIDA
EDUCAÇÃO
CELSO A Educação da familia é fundamental para os nosso jovens a educção Escolar depende muito de jovem bem educado, existe respeito pelos professores, colegas e para profissão.
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