Na verdade o início do fim ocorreu quando depois de três
anos participando da administração de Salvador, os petistas saltaram do barco lançaram
a candidatura de Valter Pinheiro à prefeitura da capital, e quase afogam o
prefeito João Henrique bem antes das chuvas deste invernoso maio.
Gedel circulou entre centenas de lideres pmdbistas.
Vereadores, ex- vereadores, deputados, ex- deputados, ex-prefeitos, prefeitos, incluindo
ai João Henrique e Roberto Maia, presidente da UPB -União dos Municípios da
Bahia. Todos em uníssono clamavam pela candidatura de Gedel alegando que há 20
anos o PMDB não concorre ao cargo. “Se eles quiserem a garupa, tudo bem,mas no
cabresto quem irá será o PMDB”,afirmou um inflamado orador. No mesmo linguajar
sertanejo, outro entusiasmado prefeito do interior disparou: “Quando a mula passa
arriada, é só montar e galopar. A vez agora é de Gedel”.
Pelo salão circulavam ativistas distribuindo adesivos com
os dizeres “Estou com Gedel”, enquanto pmdbistas insatisfeitos criticavam a
administração Jacques Wagner e chamavam a atenção para o fato de que se Gedel
aceitasse uma composição para uma chapa lhe oferecendo uma vaga no Senado , não
haveria sequer um petista que votasse ou pedisse voto para ele. Consideravam
também Gedel, um Ministro de primeira classe e o governador Jacques Wagner um
administrador apático.
Um ex-membro do PFL cercado por militantes do atual
partido,falava exaltado sobre o momento político que a Bahia atravessa, garantindo
que o estado precisa de alguém de atitudes como “Gedel que carrega no peito
muita ternura e um pouquinho de malvadeza”. Será que alguém já viu esse filme
antes?