O que ocorre agora e o que virá após o COVID?

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Sem lógico, sem sentido, sem graça. Um fackless, já que estamos falando de Lockdown, esse decretado pelo Governador Rui Costa determinando, em comum acordo com a grande maioria dos prefeitos, entre outras medidas, o fechando do comércio no último fim de semana de fevereiro. Mais uma vez a pandemia está sendo usada com o objetivo de arrancar dinheiro do Governo Federal, para ser usado por prefeitos e governadores, sem licitação, especialmente, na compra de vacinas. Entenderam?

O que ocorre agora e o que virá após o COVID?


 

A inócua medida de fechar o comércio de todo o estado da Bahia durante o último fim de semana de fevereiro, aproxima-se da estupidez e dá mais um golpe no já combalido setor. Na cidade de Euclides da Cunha, por exemplo, não se sabe como sobreviverão os pequenos comerciantes das avenidas Ruy Barbosa e Almerindo Rehem, especialmente aqueles que pagam aluguel, provavelmente os mais caros do interior baiano. O mês de fevereiro com apenas 28 dias, perdeu mais 02 dias para o Carnaval que não houve e mais um terceiro dia para a prevenção do COVID19. Portanto, no mês de apenas 25 dias, a despesa fixa do empresariado, foi de 30 dias.



Avenida Ruy Barbosa em Euclides da Cunha, antes e depois da pandemia


Ainda no caso de Euclides da Cunha, a determinação do prefeito de proibir no sábado, a feira livre, caiu por terra diante da pressão dos comerciantes de carnes que já estavam com os seus depósitos estocados com a carne que seria comercializada na feira livre. O recuo do prefeito, que teria “pedido autorização” ao governador Rui Costa para tal, demonstra que a regra era flexível e a cima de tudo, um movimento político. A atitude dos comerciantes de carne, demonstra que a categoria é forte e serve de exemplo para outros setores que se acovardaram e comportam-se como carneiros indo ao abate.

 A pandemia está sendo devastadora e precisa de medidas sérias para ser contida. Respeito aos protocolos de segurança, campanhas esclarecedoras, e medidas corretas, ausentes em todos os níveis de governo, teriam evitado e podem evitar muitas mortes.

Todas as vezes que se decretou Lockdown, especialmente na periferia dos grandes centros e no interior do país, as medidas só foram respeitadas pelos comerciantes sérios e pelas pessoas que tem verdadeira consciência dos riscos que estão correndo. O grande erro começa com as medidas determinadas pelos governantes, pois causam mais estragos durante os momentos que antecedem ao Lockdown, como transportes coletivos lotados e estabelecimentos comerciais abarrotados de gente em busca de suprimento para os dias de isolamento, do que a contaminação fora do Lockdown. E pior; a grande maioria das pessoas consideram a medida, como período de folga e terminam por se aglomerar em festinhas particulares, pequenos bares e botequins, às vezes de portas fechadas, nas centenas de milhares desse tipo de estabelecimento no interior do país.

Comércio que respeita os protocolos de segurança registra pouquíssimos casos de COVID19. Um bom exemplo disso, ainda em Euclides da Cunha, é o Mercadinho Paulista que tem duas lojas, uma com cerca de 1.500m² e outra com 5.000m². Nas duas, onde circulam diariamente milhares de pessoas e conta com quase 200 colaboradores, entre empregados da casa e promotores contratados por fornecedores, em 12 meses de pandemia, menos de 10 pessoas que atuam ali, foram contaminadas e mesmo assim, sem qualquer evidência de que a contaminação se deu no próprio ambiente de trabalho, onde todos usam máscaras, existe álcool em gel disponível em pontos estratégicos, os caixas são protegidos por placas de acrílico e o chão está demarcado com orientação para o distanciamento.

 

O que podemos acompanhar hoje, é muita gente morrendo, pouca gente sabendo exatamente o que é essa pandemia, quais os melhores caminhos para estancar essa mortandade, milhares de opiniões divergentes sobre a vacina e sobre a medicação apropriada para o tratamento da doença, como ela se processa em cada organismo e muitos, muitos membros do executivo estampando a sua veia ditatorial, passando por cima das Leis e principalmente enriquecendo descaradamente em cima dos cadáveres gerados pela doença e milhares de outros que virão, gerados pela miséria que advirá à pandemia!

 


Autor: Celso Mathias
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