SEGREDOS DE PROSTITUTA

domingo, 30 de junho de 2013

Em um condomínio de alto luxo com vista deslumbrante para a baía, quase uma dezena de celulares último tipo tocam sem parar. Na penumbra da sala, muita adrenalina para encarar a sexta feira. Paula Lee e Elizabeth estão disponíveis até a meia noite para realizar o clássico fetiche masculino do ménage à trois. Nesse dia, elas só atendem clientes habituais nessa preferência e não respondem a mais de uma centena de chamadas que continuarão recebendo. Histórias reais de uma prostituta brasileira.

SEGREDOS DE PROSTITUTA


No outro lado da linha, vozes que com alguns rodeios inquirem sobre tabela de preços e condições do “serviço”.

Por menos de 600 euros elas não despem os extravagantes, porem de grifes, “uniformes de trabalho” Paula revela que nem um encontro fica definido antes de alguns telefonemas e da análise que ela faz do cliente usando sobre tudo o seu feeling. A partir daí, ela oferece um password para que o cliente possa acessar detalhes da sua página pessoal na web.

A brasileira de menos de 30 anos começou a prostituir-se no submundo de Bragança e Leiria. Hoje, é a mais requisitada prostituta de Portugal cobra 500 euros por hora, escolhe clientes e já chegou a ganhar gorjetas de até 3mil euros de clientes mais “generosos”. Atualmente ela tem além dos eventuais, seis fixos que lhe depositam antecipadamente uma polpuda quantia no início de todos os meses. ”Nenhum homem me compra apenas com o dinheiro. Para estar comigo, precisa além de pagar, conquistar-me”. Afirma!

Para uma mulher que ganha a vida vendendo o corpo, é muito interessante o perfil de Paula. Seus livros de cabeceira incluem obras de Henry Miller e Gabriel García Márquez, além de ter na ponta da língua a maioria dos poemas de Vinicius de Moraes. O seu blog “Amante profissional” http://amanteprofissional.com é um must na Net. A fama atrai intelectuais, atores escritores, craques de futebol e outros menos votados. Ela cita três casos envolvendo personalidades brasileiras; um conhecido político que brochou, um escritor que tem livros publicados sobre sexo e sexualidade e um ator que ficou decepcionado por ela não conhecê-lo. Do escritor sobrou-lhe um grande desencanto, pois ela e a mãe eram admiradoras de sua obra. ”Além de demi -bombèe ele parecia não conhecer nada do que escrevera. Já com referência ao ator,” Depois que ele saiu, consultei o currículo dele na net e nada do que encontrei me impressionou. Era um ator de novelas e frequentador de coluna s sociais.” Ironizou.

Mas foi numa igreja que deu de cara com um dos seus mais assíduos clientes. Ela de joelhos fazendo uma oração e ele no altar rezando a missa. ”Fiz questão de confessar-me com ele tremulo atrás do confessionário. Acho que ele pensou que eu iria chantageá-lo. Nunca mais voltei a uma igreja”.

Paula diz ter perdido a conta do número de homens com quem teve sexo. Afirma que mais do que qualquer sexólogo tem condições de falar sobre o tema. Garante que os portugueses são muito bons de cama e ao contrário da maioria das prostitutas endurecidas pela chamada “vida fácil”, ela faz questão de ter prazer. Por isso, une o útil ao agradável, ao escolher os seus parceiros. Antes ela fingia até que descobriu que fingir orgasmos era mais difícil do que tê-los. “Quando você está lubrificada o ato é menos doloroso e o preservativo não rompe.”

“Na verdade, meu orgasmo depende muito mais de mim do que do cliente”

Paula Lee não aprecia excentricidades. Só uma vez enveredou pelos requintes do sadomasoquismo “Achei horrível ter que pisar o cliente de salto alto, chicoteá-lo e vê-lo ter prazer com aquilo”. Participou também certa vez de uma orgia com oito homens. Não gostou! “Gosta-se de um ou dois e os demais só atrapalham”, reclama.

Ela também tem clientes mulheres e se assume como bissexual. “Via de regra aparecem apenas uma vez, realizam uma fantasia e depois não mais voltam a ligar”, afirma.

Paula alerta que a dificuldade econômica tem aumentado o risco da profissão. Ela que só faz sexo devidamente protegida diz que hoje apenas 25% das meninas atuam dessa forma. Antigamente segundo ela, pelo menos 60% das profissionais usavam preservativo. “Hoje, para não perder o cliente elas sucumbem ao desejo masculino de transar sem camisinha.”

A brasileira há três anos tem um namorado e garante que nunca lhe foi infiel. “Ele sabe tudo sobre mim desde o dia que me conheceu e me aceitou assim. Já tentou me convencer a sair da profissão mais não aceitei. Mesmo que ele fosse rico eu não o faria. Não porque goste da profissão, mas porque é assim que estou garantindo meu futuro”.

No seu luxuoso apartamento ela pratica Ioga para manter-se em forma, não tem plásticas nem Botox, usa roupas íntimas da Vitoria Secret, um hidratante leve e o clássico Chanel nº5, tudo muito elogiado pela sua rica clientela

A exemplo da Bruna Surfistinha ela está escrevendo um livro e uma peça onde não faltam casos curiosos e picantes como o do garoto que apareceu em sua casa um dia antes de completar 18 anos e ela garante que o mandou voltar no dia seguinte, até os de 35 e 42 anos que a procuraram ainda virgens e de outros que eram tão experientes quanto uma criança de 12 anos

Já os mitos da profissão caem a cada dia. “Essa história de acompanhante dizer que na maioria das vezes o cliente vai lá para desabafar, é pura cascata. Menos de 1% procede assim. Outro mito é o de que homens de pênis grande proporcionam mais prazer. Está errado” Eu mesmo chego a rejeitar o segundo encontro com homens cujo membro esteja acima da média”

À noite o elegante condomínio de Elizabeth e Paula em Cascais ninguém se apercebe do que ocorre na casa delas. As sextas com ménages à trois deverão continuar. “Era um dia fraco antes deste evento. Agora, está se transformando no melhor dia da semana. Temos de inovar. A concorrência tem estado agressiva.” Finaliza.


Autor: Byagn/Agpress
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